Requerimento com palavra trocada acabou sendo rejeitado pela maioria
Nesta quarta-feira (17), a Câmara Municipal de Palmas votou um requerimento relacionado à construção da sede da Casa de Leis.
De autoria da professora Janad Valcari (Podemos), presidente da Câmara, o requerimento 04/2021 pede ao Poder Executivo que envie um projeto para delimitar a área de construção da sede definitiva.
Com oito votos contrários, o requerimento não foi aprovado. Os vereadores entendem que deve ser debatido a questão da construção com mais detalhes.
A vereador Professora Iolanda (PROS) solicitou que fosse corrigido um requerimento para que a população entenda o que está sendo debatido e que eles não estão votando contra a construção da sede própria. "Precisamos fazer uma coisa mais exata", disse ela.
A discussão se dá porque no requerimento pede para saber a localização exata do terreno doado pelo Executivo, sem ter a limitação do espaço exato.
Por um erro de digitação, o requerimento causou estranheza nos pares e por isso a rejeição do requerimento. Filipe Martins (PSC), pediu para que a presidente da Casa refaça o texto e coloque-o novamente para votação.
Apesar da matéria ser vencida, os vereadores continuaram debatendo o tema e levaram a questão para a tribuna.
O vereador Joatan de Jesus (Cidadania) deixou claro a toda a população de Palmas que ele não é contra a construção da sede, mas que constestou que o texto usa a palavra "doação" e não "delimitação" e por isso ele votou contra o requerimento.
Subindo o tom, Joatan declarou que não concordava com a forma que Moisemar Marinho (PDT) falou sobre quem votou contrário ao requerimento. "Não vim aqui para brincar, não".
Em resposta, o vereador Moisemar também subiu à tribuna para responder a Joatan dizendo que outros requerimentos com o mesmo texto foram aprovados na Câmara em outras ocasiões.
Ele também diz que a rejeição dos vereadores não faz sentido, pois se trata de um requerimento, não de um projeto de lei, não sendo, portanto, necessária tanta formalidade.
O parlamentar do PDT diz que ouve "orientação obscura" que fez os vereadores votarem contra o requerimento.
Inclusive, citou o voto do vereador Folha Filho (Patriota) que já foi presidente da Câmara e não realizou a obra de construção da sede.
Moisemar também pediu para que os parlamentares usem suas emendas impositivas para custear a obra orçada em R$ 5 milhões.
Eudes Assis (PSDB) defendeu a construção e seu voto, dizendo que não há nenhum vereador contra a nova sede e, portanto, que votou favoravelmente ao projeto precisa respeitar os votos contrários.
"Precisamos ter respeito à opinião e não jogar pressão ou colocar na mídia que tem vereador aqui contrário, porque não tem".
Outros vereadores como Laudeci Coimbra (SD) e Rogério de Freitas (PMDB) também foram contrários ao requerimento e defenderam suas posições na tribuna.
Para apaziguar os ânimos, Janad Valcari explicou que o termo não está errado e que seu texto tem como objetivo saber exatamente qual o terreno que foi doado pela prefeitura.
"Gostaria de tirar esta quebra de politicagem, pois fui eleita a vereadora para cuidar do povo, para cumprir o regimento sendo favorável ao nosso povo. A construção dessa casa nós só não iremos fazer se o Executivo não enviar o projeto", encerrou ela.
Ao JM Notícia, a presidente Janad Valcari afirmou que não teve erro de digitação não, e queteria faltado apenas acrescentar a delimitação: "Não existe esse projeto [ ...] Queremos o lote que é de direito da Câmara", disse Janad.